Foi realizado nesta sexta-feira (11) o seminário alusivo aos 205 anos de Emancipação Política do Estado de Sergipe, celebrado no dia 8 de julho. A ação foi organizada pela Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE) e teve como intuito a celebração da data que é um marco na história de Sergipe, simbolizando a luta pela autonomia e o desenvolvimento de uma identidade própria, além de ser uma celebração da sergipanidade.

A proposta do seminário foi a rememoração da principal data cívica dos sergipanos, que é a data que marca a a independência do território sergipano, emancipação política da Bahia. “Ela foi  decretada no ano de 1820, pela carta régea de Dom João VI. É muito importante relembrar que foi justamente por causa deste ato jurídico praticado no passado, há 205 anos que hoje nós temos um Estado independente, autônomo, membro da República Federativa do Brasil, dotado de autogoverno, de autoorganização. É por conta daquele ato que hoje nós temos um Tribunal de Justiça próprio, que nós temos um Poder legislativo, que nós temos um governador do Estado”, explicou o secretário-geral da Mesa Diretora da Alese, Igor Alburquerque. 

Para o desembargador do TJSE Gilson Fêlix, o objetivo do seminário é destacar importantes datas com grandes significativos culturais para o estado. ” A data de 8 de julho, não pode ficar sendo comemorada apenas como um feriado onde nós não temos atividade laboral. Ao contrário, nós temos que entender o sentido dessa comemoração e, principalmente, para que as novas gerações sempre entendam o verdadeiro significado de sergipanidade. Que não é apenas restrita  ao nosso caranguejo, não é apenas o nosso São João, os nossos folgueiros, mas principalmente a luta que a população sergipanaa daquele período teve para que nós, libertos da situação de província, libertos da Bahia, pudéssemos ter um desenvolvimento maior na nossa economia”, ressaltou.

Programação

A programação foi aberta “Sergipe: Emancipação Política e Identidade Provincial – Entre o 8 de Julho e o 24 de Outubro”, e que teve como palestrante a historiadora e representante da Alese, Araci Nascimento. ” O Objetivo da palestra é estimular a pesquisa histórica e contribuir  para o fortalecimento da memória coletiva, que faz parte da identidade sergipana”, disse. 

Já a segunda palestra envolveu a temática “A Emancipaçaõ da Capitania de Sergipe: Um Breve Roteiro de Alusões. O Palácio Provincial e a Alegoria ‘à Liberdade”, que teve como palestrante a historiadora Verônica Nunes.

Encerrando o ciclo conferências esteve a tema ” Do Direito à Memória: Bacharéis, intelectuidade e a celebração do Centenário do ‘8 de julho’ no IHGS”. ”  Na nossa palestra abordamos importantes personalidades e que foram muito importantes para fazer essa ligação entre os judiciários, os profissionais do direito e essa questão da memória sergipana. Eles foram muito importantes na celebração do centenário da emancipação sergipana e hoje a gente traz essa contribuição para valorizar a nossa identidade, a sergipana. É importante o espaço aberto do Escola Legislativa, essa parceria do TJ, afinal de contas os poderes fizeram parte da história do Sergipe. Com certeza, e na nossa fala a gente vai ver isso, como os poderes daqui de Sergipe sempre atuaram a favor da nossa memória, e que bom que isso continua até hoje”, destacou o ministrante Nelson Santos. 

Acompanhando atentamente as palestras, o comandante do 28º Batalhão de Caçadores coronel Ricardo Pereira afirmou que as Forças Armadas sempre estiveram presentes na história de Sergipe. ” As Forças Armadas esteve sempre presente na história não só de Sergipe, como na história do Brasil. E hoje é um dia para nós rememorar a emancipação política de Sergipe. É uma data marcante, significativa para os sergipanos”,finalizou.

Fotos: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese